quinta-feira, 18 de novembro de 2010

COTIDIANO

Não são as mesmas estrelas
No céu para nós dois,
Mesmo quando nossas pernas se entrelaçam na noite
E nossas bocas se procuram.

Somos inteiros
E o amor que nos une, hoje,
Também não é o mesmo...
Nem tão intenso!

O cotidiano se refaz
De brisa e sofrimento.
O tempo, sujeito de todos os medos,
Cuida para que a rotina seja a grande mãe da indiferença.

E as estrelas, tão distantes,
Reflexos de luzes mortas,
Não traduzem o frio
Nos corações solitários
Nem iluminam o perdão
Dos que ainda vivem na expectativa da paixão
Que nos assola, diariamente!