Estou no mundo apenas para ser o que sou,
Para criar realidades diferentes que me conduzam
Ao mais ínfimo pensamento.
Subo na mais alta das montanhas
E nado no mais profundo dos mares.
Escavo o chão duro e imutável
Dos sertões de minha terra
E só encontro lágrimas
E sangue.
Transformo a careta e a fome
Em gargalhadas de escárnio...
A ironia permeia toda a minha vida.
Percorro a mais longa estrada
E pulo todas as fendas escuras e fétidas
Que teimam em me atrasar.
Meu caminho é fogo,
É suor,
É sede de encontros.
E essa dor no peito, intransigente, nostálgica
Inflama meu peito e minhas narinas
Com esse aroma doce-amargo que traz lembranças
De um tempo em que não vivi.
E essa dor no peito – vermelha
Teima em queimar todo o oxigênio luminoso do dia,
Deixando-me abatida, no chão,
Como um cão sem dono,
Que morre solitário no meio da multidão!
Mar/09
quinta-feira, 26 de março de 2009
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