Anos a fio
Desdobro, lentamente,
Os panos guardados nas gavetas
Da lembrança.
Amarelados,
Esgarçados,
Embalados em papel azul
E sacos de plásticos transparentes.
Em cada pedaço
Um alguém,
Um sorriso,
Uma lágrima...
Até beijos foram para o baú.
Saudades imortais,
Brincadeiras infantis,
Palavras não ditas.
E em cada pano, velho e limpo,
Encontro uma parte secreta
De minha alma.
Reencontro, nessas lembranças,
Alguém,
Ninguém,
Uma imagem na fumaça
Perdida
No tempo.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
ROMARIA
Meus pés descalços
Percorrem praias inacessíveis
E pisam em brasas
E fazem calos.
Meus pés sujos
Procuram mundos
Pisando em lamas escuras
Lamas vermelhas – será sangue?
Passa uma procissão
E acompanho pedindo chuva...
E corro em vão,
E rezo,
E peço chão.
Meus pés descalços
Com calos e cansados
Procurando rastros
Ou raios de sol!
Percorrem praias inacessíveis
E pisam em brasas
E fazem calos.
Meus pés sujos
Procuram mundos
Pisando em lamas escuras
Lamas vermelhas – será sangue?
Passa uma procissão
E acompanho pedindo chuva...
E corro em vão,
E rezo,
E peço chão.
Meus pés descalços
Com calos e cansados
Procurando rastros
Ou raios de sol!
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