Anos a fio
Desdobro, lentamente,
Os panos guardados nas gavetas
Da lembrança.
Amarelados,
Esgarçados,
Embalados em papel azul
E sacos de plásticos transparentes.
Em cada pedaço
Um alguém,
Um sorriso,
Uma lágrima...
Até beijos foram para o baú.
Saudades imortais,
Brincadeiras infantis,
Palavras não ditas.
E em cada pano, velho e limpo,
Encontro uma parte secreta
De minha alma.
Reencontro, nessas lembranças,
Alguém,
Ninguém,
Uma imagem na fumaça
Perdida
No tempo.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário