Todos os dias quando acordo
Vejo meu rosto
Refletido no espelho
E quem me olha
Não sou eu.
Sou a outra
Pálida sombra de mim
A vagar pelas ruas da lembrança.
E em cada gesto meu,
Cada sussurro e tristeza,
A outra me olha brava me negando
Fingindo que não me vê.
Todos os dias
Fito este rosto que não reconheço
Cortado por mil linhas de sofrimento
E pergunto:
Quem sou eu?
Quem é essa estranha
Que devolve o meu olhar
E não me responde?
Todos os dias quando acordo
Vejo essa mulher
Que me persegue
E sonha meus pesadelos
E me sorri banguela e feia,
Escrita na paisagem
Com as tintas da velhice e da saudade!
quinta-feira, 7 de abril de 2011
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Um comentário:
porque falas de mim????
tens um dom, mulher...tens um dom....
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