Vejo minha alma refletida
No brilho do teu olhar...
Perplexa,
Insana,
Vazia.
Quem dera pudesse transformar
A dor e a solidão
Em histórias de sangue e areia,
Onde a morte é o final feliz
E o bem e o mal são palavras insignificantes.
Meu reflexo queima tua pele
Como o gelo mais frio
Como ácido que corrói as entranhas,
O veneno do ódio
E a sede de vingança...
Sou tormento,
Mar revolto,
Tempestade...
E o meu sorriso é proibido,
É amargura e invasão.
Escolho a tristeza,
A eterna busca,
O risco de me jogar na vastidão dos solitários,
Na noite escura,
No gole amargo,
No sexo sem sentido,
Na inundação do meu espaço,
No cigarro aceso,
Na beleza inaceitável dos esquecidos.
Meu reflexo repuxa teu rosto
E transforma teu sorriso numa careta.
Medo?
Fevereiro/2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
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