O meu canto e minha risada
Se misturam
Querendo sair, alucinadamente,
Pela minha garganta
Insana.
A minha alegria é nervosa
Atravessando os portos,
Navegando em mil rios
Da minha cidade
Suja.
Em meu peito pulsa
Um pardal comum
Que não voa
Que só belisca e se banha
Na areia
Fria.
Em qualquer dia
Seja noite escura
Ou manhã vazia
Os mesmos pés
Buscam pelas mesma ruas
O esquecimento
O entorpecimento
Da dor.
Qual a dor – companheirismo
Se faz mais presente?
Qual o sentir mais profundo
Que nos envergonha?
A terra treme
Os homens choram
As mulheres morrem.
E o que você faz?
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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