Nunca fui a fada
Nunca fui a santa
Nem permiti que a bondade
Se instalasse em meus ossos.
Preciso da raiva
Como do ar quente
Que circula em meu corpo.
Preciso querer-me bem:
Nervos, flor e mel,
Dor e paixão.
A poeira do sertão me alimenta
A origem do palavrão
Contenta todos os anseios
Que trago no peito
- abrigo do coração.
Recuo no tempo
Breve vislumbre do que não quis
Ou não vivi.
Paz?
Não nego o sabor desse sentir
Mas minha alma clama pela guerra
De suor, e sangue, e fluidos, e bocas...
Intensamente
Teu olhar me domina
E me debato contra teus abraços
Que querem domínio
Sobre mim!
Sou liberdade,
Mas sou janela fechada,
Prisioneira
Dentro de mim!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
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