Escrevo o que sinto
Ou penso que sinto
Nas madrugadas
Em que me vejo vazia
E enquanto tua sombra
Perturba meu sono.
Os olhos ardem pela fumaça
Do cigarro aceso
E as mãos, geladas, tremem acarinhando
A superfície do copo novamente cheio.
A morte se aproxima, irônica
E aguardo ansiosa
Sua mão pesada
Suor, cachaça, tédio!
E tua sombra
Não abandona os corredores...
Quem me olha
Não me vê.
Sou suja, infame, pó!
Não espero nada
Não quero nada
E o lápis, rapidamente, se despede
No papel amassado.
A poesia
Morreu em mim.
Estou só.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
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