Sou uma equilibrista,
Balançando-me loucamente num fio condutor,
Muitas vezes me jogo,
Abro a janela e deixo a vida entrar espalhando seu ardor,
Noutras vezes, corro e fecho portas e janelas,
Sussurro baixinho e tenho medo de olhar as pessoas...
Pego em mil armas diferentes,
Experimento palavras e gritos,
Escondo a cabeça e nunca falo de amor.
Dói.
Desesperadamente destruo pedras,
Escolho outras pessoas,
Outros amantes,
Outros dentes e abraço o suor.
Não quero água, nem sombras amenas...
Quero ódio e indiferença,
Quero luar e neve,
Gelo rompendo a carcaça fechada.
Não quero almas e céu azul...
Quero tempestades e escorpiões,
Quero a dor do amor!
- Loucura - falam por aí...
O que me importa?
Sobriedade me faz mal.
Prefiro gargalhar, soluçar e andar por aí!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
O laço e o nó – Ao meu pai
Durante toda a nossa existência construímos um tapete feito de laços e de nós, que se fazem e desfazem a partir de todas as relações que estabelecemos com outros seres no decorrer de nossa caminhada pela vida.
São relações que se traduzem em sentimentos, dos mais diversos tipos, tamanhos e cores, que nos transformam no que somos. Acredito que esse processo de aprendizagem afetiva se inicia quando bebês, ainda no calor uterino, fazemos contato com a mãe.
Ao nascer, já estabelecemos outros contatos que farão parte de nossa vida: pai, avós, tios e tias, primos, vizinhos, animais de estimação, todos num enorme emaranhado de nós , que vão sendo trançados diariamente.
Cada nozinho tem seu papel fundamental na construção da pessoa. E estes nós/laços são de diferentes tamanhos, alguns mais fortes, outros tão efêmeros que se desfazem na mais leve brisa do tempo.
Alguns nós são para sempre, deixando marcas que não se apagam jamais e que vão formando os bordados de nossa vida, deixando suas cores no nosso tapete do tempo.
Às vezes as cores ficam esmaecidas, se desgastando, quase desaparecidas na lembrança, como um dia de chuva que lava a rua ao amanhecer. Outras vezes, as cores são tão vívidas que se agitam ao sol, iluminando nossos olhares cansados e alimentando nossas almas carentes – deixando calor em nossas canções.
Cada laço consolida um afeto ou uma desavença, um amor, uma desesperança, uma tristeza sem fim, um anseio... Cada nó nos transforma, nos completa, nos diminui, e dói...
E cada passo que damos em direção à curva da vida nos fazem maiores. E somos sóis. E mesmo que nossas mãos estejam em outras mãos, e nossos braços amparem outros abraços, o caminho é único e é sozinho.
Mas os laços com que criamos nosso tapete podem ser fortes, suportando o peso de nossos corpos ao descansarem.
São relações que se traduzem em sentimentos, dos mais diversos tipos, tamanhos e cores, que nos transformam no que somos. Acredito que esse processo de aprendizagem afetiva se inicia quando bebês, ainda no calor uterino, fazemos contato com a mãe.
Ao nascer, já estabelecemos outros contatos que farão parte de nossa vida: pai, avós, tios e tias, primos, vizinhos, animais de estimação, todos num enorme emaranhado de nós , que vão sendo trançados diariamente.
Cada nozinho tem seu papel fundamental na construção da pessoa. E estes nós/laços são de diferentes tamanhos, alguns mais fortes, outros tão efêmeros que se desfazem na mais leve brisa do tempo.
Alguns nós são para sempre, deixando marcas que não se apagam jamais e que vão formando os bordados de nossa vida, deixando suas cores no nosso tapete do tempo.
Às vezes as cores ficam esmaecidas, se desgastando, quase desaparecidas na lembrança, como um dia de chuva que lava a rua ao amanhecer. Outras vezes, as cores são tão vívidas que se agitam ao sol, iluminando nossos olhares cansados e alimentando nossas almas carentes – deixando calor em nossas canções.
Cada laço consolida um afeto ou uma desavença, um amor, uma desesperança, uma tristeza sem fim, um anseio... Cada nó nos transforma, nos completa, nos diminui, e dói...
E cada passo que damos em direção à curva da vida nos fazem maiores. E somos sóis. E mesmo que nossas mãos estejam em outras mãos, e nossos braços amparem outros abraços, o caminho é único e é sozinho.
Mas os laços com que criamos nosso tapete podem ser fortes, suportando o peso de nossos corpos ao descansarem.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
REDESENHANDO
Depois de muitas tentativas
- erros, acertos –
O suor pingando das mãos
E o lápis escorregando,
Consigo desenhar meu nome.
E essas letrinhas miúdas,
Garranchos antes ilegíveis
Dão a sensação que sou,
Que posso ser.
Esse poder fazer cresce,
Na medida em que preencho as linhas
De cada página que escrevo.
Contou “causos”
Viajo na poesia
E meu riso contamina os contos de trancoso,
Os relatos,
As mágoas dos amores.
Se me mostro e me reconheço, Posso!
E quando me mostro dou ao outro o poder:
De querer me conhecer,
De interferir no meu processo.
E cresço.
Apareço!
Misturo minhas cores,
Minhas raças,
Minhas dores,
E desse grande caldeirão (vida)
Sou sertão
E sou mar
E sou poesia.
O registro do que sou
Não sou eu.
Somos nós!
Resgatamos juntos
E construímos.
Mas me dá um medo!!!!!
- erros, acertos –
O suor pingando das mãos
E o lápis escorregando,
Consigo desenhar meu nome.
E essas letrinhas miúdas,
Garranchos antes ilegíveis
Dão a sensação que sou,
Que posso ser.
Esse poder fazer cresce,
Na medida em que preencho as linhas
De cada página que escrevo.
Contou “causos”
Viajo na poesia
E meu riso contamina os contos de trancoso,
Os relatos,
As mágoas dos amores.
Se me mostro e me reconheço, Posso!
E quando me mostro dou ao outro o poder:
De querer me conhecer,
De interferir no meu processo.
E cresço.
Apareço!
Misturo minhas cores,
Minhas raças,
Minhas dores,
E desse grande caldeirão (vida)
Sou sertão
E sou mar
E sou poesia.
O registro do que sou
Não sou eu.
Somos nós!
Resgatamos juntos
E construímos.
Mas me dá um medo!!!!!
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