quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
III CANÇÃO
Meu cantar
É dor no peito
Tristeza e pesar
Pelo amor desfeito.
Quando canto essa dor
Espalho meu grito no vento
Transformo todo sofrimento
Em poema!
É dor no peito
Tristeza e pesar
Pelo amor desfeito.
Quando canto essa dor
Espalho meu grito no vento
Transformo todo sofrimento
Em poema!
TARDE
A tarde arde
Invade meus espaços
Violenta meu ser
E fere meus olhos...
A tarde arde
Esquenta minha face
Alimenta minha vida
Inferniza meus ouvidos...
A tarde ardente
Cor do sol poente
Ilumina minha mente,
Tão sombria,
E da minha solidão
Faz um pingente.
E pendura na primeira estrela
Que ainda tarda, esquecida,
Em meu desejo,
Fogo derramado,
Que na alma anoitece e incendeia.
Invade meus espaços
Violenta meu ser
E fere meus olhos...
A tarde arde
Esquenta minha face
Alimenta minha vida
Inferniza meus ouvidos...
A tarde ardente
Cor do sol poente
Ilumina minha mente,
Tão sombria,
E da minha solidão
Faz um pingente.
E pendura na primeira estrela
Que ainda tarda, esquecida,
Em meu desejo,
Fogo derramado,
Que na alma anoitece e incendeia.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
MARESIA
Aportei no cais eterno
Depois de tantas águas turvas
Em mar aberto.
E minha cabeça
Em maresia,
Rodopiava como se dançasse
Uma louca música invisível.
Meus olhos molhavam com as mesmas águas salgadas
O meu rosto marcado
Pelos ventos dos séculos.
E eu sabia ser impossível
A busca pelo fundo do oceano,
Cheio de profundas mágoas
De sonhos inacabados
E continuava, em maresia,
A procura do infinito!
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
REVOLUÇÃO
Já andei sozinha,
Descalça,
Por entre os ventos frios
Da madrugada.
Já pulei muros,
Já morri de medo,
Já fui imoral
E corajosa demais.
Já quebrei tabus
Cai em abismos
E fui tragada
Num sorriso profundo.
Penetrei na noite
Delirei de amor
Assassinei o que buscava,
O que exaltava.
E cega,
Acendi as tuas mãos
Numa paixão tão clara e triste
Que terminei revolucionando as ruas.
Descalça,
Por entre os ventos frios
Da madrugada.
Já pulei muros,
Já morri de medo,
Já fui imoral
E corajosa demais.
Já quebrei tabus
Cai em abismos
E fui tragada
Num sorriso profundo.
Penetrei na noite
Delirei de amor
Assassinei o que buscava,
O que exaltava.
E cega,
Acendi as tuas mãos
Numa paixão tão clara e triste
Que terminei revolucionando as ruas.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
DESERTO
Grito teu nome
Na noite
No vento
E não me escutas.
Alucinadamente,
Sou tua
E não me queres...
Sou a sombra
Da mulher que fui
E não reconheço essa dor
Em meu corpo.
Meu olhar vazio te procura
E a escuridão
Invade minha alma.
Em que caminho me perdi?
Por que me sinto solidão?
Na noite
No vento
E não me escutas.
Alucinadamente,
Sou tua
E não me queres...
Sou a sombra
Da mulher que fui
E não reconheço essa dor
Em meu corpo.
Meu olhar vazio te procura
E a escuridão
Invade minha alma.
Em que caminho me perdi?
Por que me sinto solidão?
QUEM DERA...
Tanta dor
Expressa o teu olhar
Mar revolto, profundo
Dor de amar.
Quisera, em um único segundo,
Em minhas mãos a dor tomar
E com a força do meu amor
Fazer sumir o teu pesar.
E nesse breve instante
Tua alma leve
Na dança se elevasse
E no desejo
O beijo, úmido,
Se despedisse
No ato do abraço.
Amo-te!
Expressa o teu olhar
Mar revolto, profundo
Dor de amar.
Quisera, em um único segundo,
Em minhas mãos a dor tomar
E com a força do meu amor
Fazer sumir o teu pesar.
E nesse breve instante
Tua alma leve
Na dança se elevasse
E no desejo
O beijo, úmido,
Se despedisse
No ato do abraço.
Amo-te!
segunda-feira, 23 de maio de 2011
NÓS E O ABRAÇO
Tímida e nua
Aguardo o abraço
Trêmula,
E me lanço no espaço
A procura do calor
Que penso encontrar em teu corpo.
Nesse abraço de mãos úmidas
Respiro teus sons
E canto a canção
Do amor eterno,
Enquanto sinto tua boca
Sussurrando em meu seio.
Laço de afetos
E tua mão passeia
Em minha nuca
E se segura nos meus pelos,
E me incendeia.
São sons,
Cheiros que se misturam
Que se enroscam e se procuram
Nos dias de sol,
Nas noites enluaradas e frias,
Nas madrugadas vazias...
Louco desejo
De boca molhada
De mãos, e pernas, e corpos
De suor e calor
De laços e de nós!
Abraços...
Aguardo o abraço
Trêmula,
E me lanço no espaço
A procura do calor
Que penso encontrar em teu corpo.
Nesse abraço de mãos úmidas
Respiro teus sons
E canto a canção
Do amor eterno,
Enquanto sinto tua boca
Sussurrando em meu seio.
Laço de afetos
E tua mão passeia
Em minha nuca
E se segura nos meus pelos,
E me incendeia.
São sons,
Cheiros que se misturam
Que se enroscam e se procuram
Nos dias de sol,
Nas noites enluaradas e frias,
Nas madrugadas vazias...
Louco desejo
De boca molhada
De mãos, e pernas, e corpos
De suor e calor
De laços e de nós!
Abraços...
quinta-feira, 28 de abril de 2011
AMOR, ESTRANHO AMOR!
O que arde
Explode aos poucos,
Como sombra sendo engolida pela noite!
O que arde,
Amplia meu sentir,
Afoga meu pesadelo,
Esconde todos os meus medos.
O que me dá náuseas
Apaga todo o amor
Explora todas as formas de dor
Alaga meu sentir
Invade minh'alma!
Sem dor
Não há amor.
Será que não?
Estranho Amor
Que me sufoca
Que me preenche
Que me prende, eternamente!
Explode aos poucos,
Como sombra sendo engolida pela noite!
O que arde,
Amplia meu sentir,
Afoga meu pesadelo,
Esconde todos os meus medos.
O que me dá náuseas
Apaga todo o amor
Explora todas as formas de dor
Alaga meu sentir
Invade minh'alma!
Sem dor
Não há amor.
Será que não?
Estranho Amor
Que me sufoca
Que me preenche
Que me prende, eternamente!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
ENTRE (LINHAS)
De manhã, quando acordo,
Ele já me espera
Nos braços um vestido,
Florido,
E uma rosa para o cabelo.
A rua me chama
E saio caminhando pelas pontes,
Atravessando rios e mares,
Linda e esvoaçante.
Um sorriso nos lábios...
Sou feita de flores
E ele me alimenta
Diariamente
De tecidos, linhas e amores.
De noite, quando volto para casa,
Ele me abraça,
Acaricia minha alma,
E me veste de sol e sombras,
Calor e arrepios.
Todos os dias, quando acordo
Ele me cobre de sedas,
Trajes criados
Entre linhas e sonhos ...
E nas noites frias
E estreladas
Ele me despe,
Amando meu corpo,
Pele contra pele
Mãos se pegando.
E nesse vestir/desnudar
Sou amante
Mulher,
Memória escrita no vento,
Pudor e sexo...
Ele já me espera
Nos braços um vestido,
Florido,
E uma rosa para o cabelo.
A rua me chama
E saio caminhando pelas pontes,
Atravessando rios e mares,
Linda e esvoaçante.
Um sorriso nos lábios...
Sou feita de flores
E ele me alimenta
Diariamente
De tecidos, linhas e amores.
De noite, quando volto para casa,
Ele me abraça,
Acaricia minha alma,
E me veste de sol e sombras,
Calor e arrepios.
Todos os dias, quando acordo
Ele me cobre de sedas,
Trajes criados
Entre linhas e sonhos ...
E nas noites frias
E estreladas
Ele me despe,
Amando meu corpo,
Pele contra pele
Mãos se pegando.
E nesse vestir/desnudar
Sou amante
Mulher,
Memória escrita no vento,
Pudor e sexo...
terça-feira, 19 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
A ESTRANHA
Todos os dias quando acordo
Vejo meu rosto
Refletido no espelho
E quem me olha
Não sou eu.
Sou a outra
Pálida sombra de mim
A vagar pelas ruas da lembrança.
E em cada gesto meu,
Cada sussurro e tristeza,
A outra me olha brava me negando
Fingindo que não me vê.
Todos os dias
Fito este rosto que não reconheço
Cortado por mil linhas de sofrimento
E pergunto:
Quem sou eu?
Quem é essa estranha
Que devolve o meu olhar
E não me responde?
Todos os dias quando acordo
Vejo essa mulher
Que me persegue
E sonha meus pesadelos
E me sorri banguela e feia,
Escrita na paisagem
Com as tintas da velhice e da saudade!
Vejo meu rosto
Refletido no espelho
E quem me olha
Não sou eu.
Sou a outra
Pálida sombra de mim
A vagar pelas ruas da lembrança.
E em cada gesto meu,
Cada sussurro e tristeza,
A outra me olha brava me negando
Fingindo que não me vê.
Todos os dias
Fito este rosto que não reconheço
Cortado por mil linhas de sofrimento
E pergunto:
Quem sou eu?
Quem é essa estranha
Que devolve o meu olhar
E não me responde?
Todos os dias quando acordo
Vejo essa mulher
Que me persegue
E sonha meus pesadelos
E me sorri banguela e feia,
Escrita na paisagem
Com as tintas da velhice e da saudade!
domingo, 3 de abril de 2011
DESEJOS
Tudo que levo dessa vida
Além desse corpo cansado
É a lembrança do teu sorriso
É o calor do teu corpo
Molhado, moldado ao meu.
Todas as lembranças que perduram
Além da dor, da saudade
É a fome de teus beijos
É a sensação de tua mão
Quente, apressada
No meu seio.
Nada levo além do desejo
Antigo, eterno
De te ter num abraço
De sentir tua boca
Ardente, trêmula
Sussurrando meu nome.
Desejos diversos
Que buscam somente
Traduzir meu bem querer
E espalhar por entre os mundos
A saudade que trago – amarga e dolorida.
Além desse corpo cansado
É a lembrança do teu sorriso
É o calor do teu corpo
Molhado, moldado ao meu.
Todas as lembranças que perduram
Além da dor, da saudade
É a fome de teus beijos
É a sensação de tua mão
Quente, apressada
No meu seio.
Nada levo além do desejo
Antigo, eterno
De te ter num abraço
De sentir tua boca
Ardente, trêmula
Sussurrando meu nome.
Desejos diversos
Que buscam somente
Traduzir meu bem querer
E espalhar por entre os mundos
A saudade que trago – amarga e dolorida.
quinta-feira, 31 de março de 2011
SENSAÇÕES
Sou mansidão
Deslumbramento
Sou maresia
Sou folha ao vento,
Música de sombras
Silêncio!
As almas passeiam
Livremente pelos cemitérios
O homem chora
A manhã anoitece...
Permaneço leve
Descalça e nua
Vida breve
Nostalgia.
Deslumbramento
Sou maresia
Sou folha ao vento,
Música de sombras
Silêncio!
As almas passeiam
Livremente pelos cemitérios
O homem chora
A manhã anoitece...
Permaneço leve
Descalça e nua
Vida breve
Nostalgia.
quarta-feira, 2 de março de 2011
OUTROS CARNAVAIS (para meu amigo Walber)
O sol iluminava seu rosto
Belo e cansado
E suas pálpebras, pálidas,
Tremulavam levemente.
Sinal de vida
Breve,
Anunciada na manhã fria.
Ele respirava fel
E dúvidas
Enquanto os tambores soavam
Na batida forte do baque solto.
Ele respirava luz
E transformava dor em ritmo,
Desamor em harmonia,
Tristeza em empolgação.
E, em plena terça-feira,
Empunhava uma sombrinha de cores mil
E ensaiava o passo do frevo
No Recife do meu coração!
01/03/2011
Belo e cansado
E suas pálpebras, pálidas,
Tremulavam levemente.
Sinal de vida
Breve,
Anunciada na manhã fria.
Ele respirava fel
E dúvidas
Enquanto os tambores soavam
Na batida forte do baque solto.
Ele respirava luz
E transformava dor em ritmo,
Desamor em harmonia,
Tristeza em empolgação.
E, em plena terça-feira,
Empunhava uma sombrinha de cores mil
E ensaiava o passo do frevo
No Recife do meu coração!
01/03/2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
RENASCER
Eu me sinto assim
Como uma fênix
Que em cada ciclo
Renasce, novamente criança,
Das cinzas,
Da morte.
Aprendo a voar,
E são tantas as quedas
E em cada tentativa
Abrem-se horizontes
Novos desafios a alcançar.
Como uma fênix
A dor do fogo arde,
Mas não atinge o meu âmago,
Não destrói o meu sonho,
Nem meu cantar...
Minha voz atravessa mundos
E, de repente, alcança teu corpo
Pronto para me amar,
Profundamente!
21/02/11
Como uma fênix
Que em cada ciclo
Renasce, novamente criança,
Das cinzas,
Da morte.
Aprendo a voar,
E são tantas as quedas
E em cada tentativa
Abrem-se horizontes
Novos desafios a alcançar.
Como uma fênix
A dor do fogo arde,
Mas não atinge o meu âmago,
Não destrói o meu sonho,
Nem meu cantar...
Minha voz atravessa mundos
E, de repente, alcança teu corpo
Pronto para me amar,
Profundamente!
21/02/11
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
POETIC/AMANTE
Ela chegou coma noite
Leve, fresca, pálida
Tão linda
E foi uma brisa invadindo a casa.
Como um sopro de magia
Tristeza foi embora
E a melancolia se escondeu
Na ponta de seus dedos de poeta.
Bem de mansinho
Como se houvesse tempo e alegrias
A poesia se fez imensidão
Escancarando choro e risos
Lágrimas, poentes e janelas.
Leve, fresca, pálida
Tão linda
E foi uma brisa invadindo a casa.
Como um sopro de magia
Tristeza foi embora
E a melancolia se escondeu
Na ponta de seus dedos de poeta.
Bem de mansinho
Como se houvesse tempo e alegrias
A poesia se fez imensidão
Escancarando choro e risos
Lágrimas, poentes e janelas.
FOBIA
Espaço aberto
E meu olhar sagra
Sedento
A perseguir tua sombra.
Espaço aberto
E minha dor grita
Enquanto lamento
Tua presença – maldita!
Nudez, sede de abraços
E o suor escorrendo
E o gozo rompendo a carcaça
Como uma fênix
Ressurgindo na dor
Dos espaços.
E meu olhar sagra
Sedento
A perseguir tua sombra.
Espaço aberto
E minha dor grita
Enquanto lamento
Tua presença – maldita!
Nudez, sede de abraços
E o suor escorrendo
E o gozo rompendo a carcaça
Como uma fênix
Ressurgindo na dor
Dos espaços.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
RE - VERSO
Escrevo o que sinto
Ou penso que sinto
Nas madrugadas
Em que me vejo vazia
E enquanto tua sombra
Perturba meu sono.
Os olhos ardem pela fumaça
Do cigarro aceso
E as mãos, geladas, tremem acarinhando
A superfície do copo novamente cheio.
A morte se aproxima, irônica
E aguardo ansiosa
Sua mão pesada
Suor, cachaça, tédio!
E tua sombra
Não abandona os corredores...
Quem me olha
Não me vê.
Sou suja, infame, pó!
Não espero nada
Não quero nada
E o lápis, rapidamente, se despede
No papel amassado.
A poesia
Morreu em mim.
Estou só.
Ou penso que sinto
Nas madrugadas
Em que me vejo vazia
E enquanto tua sombra
Perturba meu sono.
Os olhos ardem pela fumaça
Do cigarro aceso
E as mãos, geladas, tremem acarinhando
A superfície do copo novamente cheio.
A morte se aproxima, irônica
E aguardo ansiosa
Sua mão pesada
Suor, cachaça, tédio!
E tua sombra
Não abandona os corredores...
Quem me olha
Não me vê.
Sou suja, infame, pó!
Não espero nada
Não quero nada
E o lápis, rapidamente, se despede
No papel amassado.
A poesia
Morreu em mim.
Estou só.
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