Quero a paz e a esperança
Assolando meu jardim
Invadindo minhas escolhas
Feito tufos de capim.
Plantadas em vasos grandes
Na terra adubada com amor
Regadas com pedaços de bondade
Afastando toda dor.
Quero ver amig@s em abraços
Ou de mãos dadas, sem amargura
Amarrando todos os laços
Da fraterna amizade e ternura.
Querer e Ser
Vontade de brilhar
Querer e Ter
Solidariedade a partilhar.
Que em 2011 as nossas atitudes sejam possibilidades concretas de mudança para que a esperança e a felicidade permaneçam em nossas vidas.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
NASCENTE
A noite desce
Sobre a cidade,
Sobre o teu corpo.
Nasce, desse momento,
O sonho de crescer
Num dia maior,
Sem medo de perder
Ou de errar.
E calo
E sinto
E sou!
Calo contando as estrelas,
E sou caminho,
Sou terra gemendo,
Sou chão.
Nasço do fogo que arde e cresce
No vulcão dos desejos feridos,
Desejos insatisfeitos no teu medo
De ter que se dar.
Sobre a cidade,
Sobre o teu corpo.
Nasce, desse momento,
O sonho de crescer
Num dia maior,
Sem medo de perder
Ou de errar.
E calo
E sinto
E sou!
Calo contando as estrelas,
E sou caminho,
Sou terra gemendo,
Sou chão.
Nasço do fogo que arde e cresce
No vulcão dos desejos feridos,
Desejos insatisfeitos no teu medo
De ter que se dar.
ESTILHAÇOS
É o tempo que chove
É o mundo que explode
No teu amanhã.
Nesse teu se lançar
O coração escorre sangue
E cada gota vermelha
Se perde no meu abismo.
Canção amarga
Poema sujo de pó
Mundo escuro
Porta trancada.
Nada penetra tua carne
Como eu.
Nada corta tua mente
Como o meu pensamento.
Nada fere tua visão
Como a luz que exalo.
E separo teus lances
E deixo teu sangue rolar
E não espero teu olhar.
Deixo você cair fundo
Num abismo muito mais fundo
Que o meu
Como se você fosse
Um sonho partido em mil.
É o mundo que explode
No teu amanhã.
Nesse teu se lançar
O coração escorre sangue
E cada gota vermelha
Se perde no meu abismo.
Canção amarga
Poema sujo de pó
Mundo escuro
Porta trancada.
Nada penetra tua carne
Como eu.
Nada corta tua mente
Como o meu pensamento.
Nada fere tua visão
Como a luz que exalo.
E separo teus lances
E deixo teu sangue rolar
E não espero teu olhar.
Deixo você cair fundo
Num abismo muito mais fundo
Que o meu
Como se você fosse
Um sonho partido em mil.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
COTIDIANO
Não são as mesmas estrelas
No céu para nós dois,
Mesmo quando nossas pernas se entrelaçam na noite
E nossas bocas se procuram.
Somos inteiros
E o amor que nos une, hoje,
Também não é o mesmo...
Nem tão intenso!
O cotidiano se refaz
De brisa e sofrimento.
O tempo, sujeito de todos os medos,
Cuida para que a rotina seja a grande mãe da indiferença.
E as estrelas, tão distantes,
Reflexos de luzes mortas,
Não traduzem o frio
Nos corações solitários
Nem iluminam o perdão
Dos que ainda vivem na expectativa da paixão
Que nos assola, diariamente!
No céu para nós dois,
Mesmo quando nossas pernas se entrelaçam na noite
E nossas bocas se procuram.
Somos inteiros
E o amor que nos une, hoje,
Também não é o mesmo...
Nem tão intenso!
O cotidiano se refaz
De brisa e sofrimento.
O tempo, sujeito de todos os medos,
Cuida para que a rotina seja a grande mãe da indiferença.
E as estrelas, tão distantes,
Reflexos de luzes mortas,
Não traduzem o frio
Nos corações solitários
Nem iluminam o perdão
Dos que ainda vivem na expectativa da paixão
Que nos assola, diariamente!
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
1º ATO
Desato o nó
E o laço.
E largo-me em teus braços
Sôfrega
Frágil
Trêmula.
No ato,
Meu fogo arde em teu peito
Feito de pelos e poeira.
Limpo
Úmido
E quente.
No ato,
Grito
Ardente
E sinto a tua mão
Na curva suave,
Exposta,
De minha carne.
Neste ato
Longe estão os laços de afeto
E ficam os desejos
Os pecados
Desafogados na margem da dor
De amar
Impunemente!
E o laço.
E largo-me em teus braços
Sôfrega
Frágil
Trêmula.
No ato,
Meu fogo arde em teu peito
Feito de pelos e poeira.
Limpo
Úmido
E quente.
No ato,
Grito
Ardente
E sinto a tua mão
Na curva suave,
Exposta,
De minha carne.
Neste ato
Longe estão os laços de afeto
E ficam os desejos
Os pecados
Desafogados na margem da dor
De amar
Impunemente!
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
ABRAÇO
Caminho por entre esquinas
Em busca de tua presença
Percorro ruas, becos, estradas vazias
E entre tantos olhares solitários
Finalmente vislumbro teu corpo.
Teu olhar segura o meu desejo
De te amar
E nessa ânsia infinita
De te ter em meus braços,
Trêmula e nua,
Aguardo teu toque.
Doce mel
Beijo molhado
Pele e pelos em laço.
Agarro-me ao teu corpo
Másculo e suave,
E me desfaço em fogo.
Em busca de tua presença
Percorro ruas, becos, estradas vazias
E entre tantos olhares solitários
Finalmente vislumbro teu corpo.
Teu olhar segura o meu desejo
De te amar
E nessa ânsia infinita
De te ter em meus braços,
Trêmula e nua,
Aguardo teu toque.
Doce mel
Beijo molhado
Pele e pelos em laço.
Agarro-me ao teu corpo
Másculo e suave,
E me desfaço em fogo.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
VIVA PRESENÇA
Apareci nua e ardente
Carente de afeto
E tão cedo me fiz gente
Na lua que ardia de febre.
Nossos corpos se apertaram
Num só momento
E o tempo parou, perdido
No brilho dos sonhos.
Inesperada e crua
Fui sendo o que sempre fora.
E solta no espaço
Voei além das tuas montanhas.
E livre,
O pranto derramado era silêncio,
A solidão não era, senão,
Um nome.
E os teus lábios
Traziam a doçura da aurora,
E sobre nossas cabeças
Pairavam sombras de cinza e carinho.
Carente de afeto
E tão cedo me fiz gente
Na lua que ardia de febre.
Nossos corpos se apertaram
Num só momento
E o tempo parou, perdido
No brilho dos sonhos.
Inesperada e crua
Fui sendo o que sempre fora.
E solta no espaço
Voei além das tuas montanhas.
E livre,
O pranto derramado era silêncio,
A solidão não era, senão,
Um nome.
E os teus lábios
Traziam a doçura da aurora,
E sobre nossas cabeças
Pairavam sombras de cinza e carinho.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
SÃO SERES HUMANOS?
Existem homens e mulheres
Que não riem, não choram
Não comem, não sonham.
Puxam a vida por um fio
E pouco importa os escorregos,
O perigo das ruas.
Vão caminhando
Como se seus pés
Estivessem enterrados na lama escura do pântano.
Seus sentidos embotados,
Não pela cachaça,
Mas pela embriaguez da morte em vida,
Não diferenciam pesadelo/realidade.
Existem homens e mulheres
Que não pensam,
Pois pensar dói.
Vivem na vida a morte
Que, quando chegar,
Será apenas descanso.
Que não riem, não choram
Não comem, não sonham.
Puxam a vida por um fio
E pouco importa os escorregos,
O perigo das ruas.
Vão caminhando
Como se seus pés
Estivessem enterrados na lama escura do pântano.
Seus sentidos embotados,
Não pela cachaça,
Mas pela embriaguez da morte em vida,
Não diferenciam pesadelo/realidade.
Existem homens e mulheres
Que não pensam,
Pois pensar dói.
Vivem na vida a morte
Que, quando chegar,
Será apenas descanso.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Reencontro
Anos a fio
Desdobro, lentamente,
Os panos guardados nas gavetas
Da lembrança.
Amarelados,
Esgarçados,
Embalados em papel azul
E sacos de plásticos transparentes.
Em cada pedaço
Um alguém,
Um sorriso,
Uma lágrima...
Até beijos foram para o baú.
Saudades imortais,
Brincadeiras infantis,
Palavras não ditas.
E em cada pano, velho e limpo,
Encontro uma parte secreta
De minha alma.
Reencontro, nessas lembranças,
Alguém,
Ninguém,
Uma imagem na fumaça
Perdida
No tempo.
Desdobro, lentamente,
Os panos guardados nas gavetas
Da lembrança.
Amarelados,
Esgarçados,
Embalados em papel azul
E sacos de plásticos transparentes.
Em cada pedaço
Um alguém,
Um sorriso,
Uma lágrima...
Até beijos foram para o baú.
Saudades imortais,
Brincadeiras infantis,
Palavras não ditas.
E em cada pano, velho e limpo,
Encontro uma parte secreta
De minha alma.
Reencontro, nessas lembranças,
Alguém,
Ninguém,
Uma imagem na fumaça
Perdida
No tempo.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
ROMARIA
Meus pés descalços
Percorrem praias inacessíveis
E pisam em brasas
E fazem calos.
Meus pés sujos
Procuram mundos
Pisando em lamas escuras
Lamas vermelhas – será sangue?
Passa uma procissão
E acompanho pedindo chuva...
E corro em vão,
E rezo,
E peço chão.
Meus pés descalços
Com calos e cansados
Procurando rastros
Ou raios de sol!
Percorrem praias inacessíveis
E pisam em brasas
E fazem calos.
Meus pés sujos
Procuram mundos
Pisando em lamas escuras
Lamas vermelhas – será sangue?
Passa uma procissão
E acompanho pedindo chuva...
E corro em vão,
E rezo,
E peço chão.
Meus pés descalços
Com calos e cansados
Procurando rastros
Ou raios de sol!
sexta-feira, 23 de julho de 2010
ANIVERSÁRIO
Outro ano passou,
Vivi alegrias e dores,
A saudade tomou conta de mim.
A carícia do vento em meu rosto,
O som das ondas quebrando na areia quente,
A mão amiga,
O consolo de um abraço,
O calor do beijo...
A vida é assim
Vem e volta, num eterno mote:
Amores vão,
Outros voltam,
Filh@s crescem,
Envelheço!
Mais um ano
E estou aqui
Vivendo a vida dentro de mim.
Outro ano passou
E minha saudade anda presa no varal do tempo,
Balançando ao sabor do vento nordestino...
Vivi alegrias e dores,
A saudade tomou conta de mim.
A carícia do vento em meu rosto,
O som das ondas quebrando na areia quente,
A mão amiga,
O consolo de um abraço,
O calor do beijo...
A vida é assim
Vem e volta, num eterno mote:
Amores vão,
Outros voltam,
Filh@s crescem,
Envelheço!
Mais um ano
E estou aqui
Vivendo a vida dentro de mim.
Outro ano passou
E minha saudade anda presa no varal do tempo,
Balançando ao sabor do vento nordestino...
quarta-feira, 30 de junho de 2010
ETERNA BUSCA
Rodei mundo
Andar, andei
Atrás do vento
Que me fez.
E o destino que buscara
Além da lama,
Além da chama que me envolvia,
Era divino
E fazia existir a caminhada.
E eu fugia das tuas mentiras
Das tuas palavras medrosas
E não sei se me entregava,
Mas sei que sobrevivia.
Repartia-me em beijos,
Carícias,
Pão e suor...
E meu coração doía na insegurança do teu nome.
De repente a treva se iluminava
A lama secava ao sol
E a chama que existia
Brilhava muito mais além.
Tudo se libertara
E eu era a mesma que te buscara
Através dos mundos,
Dos tempos,
E enfim, no espaço, te encontrara.
Andar, andei
Atrás do vento
Que me fez.
E o destino que buscara
Além da lama,
Além da chama que me envolvia,
Era divino
E fazia existir a caminhada.
E eu fugia das tuas mentiras
Das tuas palavras medrosas
E não sei se me entregava,
Mas sei que sobrevivia.
Repartia-me em beijos,
Carícias,
Pão e suor...
E meu coração doía na insegurança do teu nome.
De repente a treva se iluminava
A lama secava ao sol
E a chama que existia
Brilhava muito mais além.
Tudo se libertara
E eu era a mesma que te buscara
Através dos mundos,
Dos tempos,
E enfim, no espaço, te encontrara.
terça-feira, 22 de junho de 2010
DESENCONTRO
Meio da noite,
Escura e fria,
Jogos de azar e sorte
E sua alma caminhando sombria.
Os dados rolando
Na calçada molhada
E ela, ansiosa, esperando
Sozinha, pelo tempo, alquebrada.
Ele vem, uma reluzente imagem
Caminhando pela rua
Um corpo, apenas miragem
Trazido pela brisa, iluminado pela lua.
Abraços imaginados
Bocas sôfregas e distantes
Corpos que se querem entrelaçados
Mãos que se buscam carentes.
Lágrimas caem, quentes...
Escura e fria,
Jogos de azar e sorte
E sua alma caminhando sombria.
Os dados rolando
Na calçada molhada
E ela, ansiosa, esperando
Sozinha, pelo tempo, alquebrada.
Ele vem, uma reluzente imagem
Caminhando pela rua
Um corpo, apenas miragem
Trazido pela brisa, iluminado pela lua.
Abraços imaginados
Bocas sôfregas e distantes
Corpos que se querem entrelaçados
Mãos que se buscam carentes.
Lágrimas caem, quentes...
quarta-feira, 9 de junho de 2010
PRÉ-HISTÓRIA
Quando os nossos antepassados
Mais longínquos
Colocaram-se de pé
E perceberam suas mãos,
Libertaram-se.
No exato instante
Em que puderam manipular suas mãos,
E olhá-las
Iniciou-se o processo de crescer/desenvolver-se
Que continua até os dias de hoje.
Este fato tão singular
Mudou toda a nossa vida.
De simples animais
Pudemos sonhar
Em tocar outros mundos.
Mundos ora cheios de luzes e risos
Ou, muitas vezes,
Obscuros por demais.
Mas outros mundos, outras gentes
Em outros tempos e espaços.
O que pudemos ser
O que fizemos
Quando libertos
É outra face,
Outra história...
Mais longínquos
Colocaram-se de pé
E perceberam suas mãos,
Libertaram-se.
No exato instante
Em que puderam manipular suas mãos,
E olhá-las
Iniciou-se o processo de crescer/desenvolver-se
Que continua até os dias de hoje.
Este fato tão singular
Mudou toda a nossa vida.
De simples animais
Pudemos sonhar
Em tocar outros mundos.
Mundos ora cheios de luzes e risos
Ou, muitas vezes,
Obscuros por demais.
Mas outros mundos, outras gentes
Em outros tempos e espaços.
O que pudemos ser
O que fizemos
Quando libertos
É outra face,
Outra história...
sexta-feira, 4 de junho de 2010
INCERTEZA
E trago em minhas mãos
A razão que não quero
O perdão que não dou
O choro que não espero evitar.
E sinto
E sou
E vou onde as estradas me levam.
E como rir
Ou cantar
Se simplesmente só me vem a vontade de gritar absurdos?
E espero a luz
A lua
O céu fechar-se.
São noites
Ou dias (não importa)
E não sei para que tristezas
Para que certezas
Se a dor não sai.
São sonhos
Silêncios
São vôos rasantes
São sombras no mar.
E como vais me encontrar?
A razão que não quero
O perdão que não dou
O choro que não espero evitar.
E sinto
E sou
E vou onde as estradas me levam.
E como rir
Ou cantar
Se simplesmente só me vem a vontade de gritar absurdos?
E espero a luz
A lua
O céu fechar-se.
São noites
Ou dias (não importa)
E não sei para que tristezas
Para que certezas
Se a dor não sai.
São sonhos
Silêncios
São vôos rasantes
São sombras no mar.
E como vais me encontrar?
terça-feira, 18 de maio de 2010
Falando do Outono
Nunca vivi um dia sequer sem pensar na morte...
Caminho pelas ruas de minha cidade e vejo pequenos animais mortos: passarinhos, formigas, aranhas, lagartos verdes e marrons. Um dia desses, vi um sapo barriga de fogo, inchado e morto!
As plantas também morrem diariamente: as flores murcham e caem de seus caules, as folhas amarelam e caem no solo, e são levadas pelo vento.
Ligo a televisão e vejo os mortos de um atentado no Afeganistão. Nem sei onde fica esse país, mas vejo sangue e morte por todo o chão!
Logo adiante nova notícia, bandidos e policiais em tiroteio no Rio de Janeiro, menino morto com bala perdida...
Até as palavras, que tanto falam de amor e dor, e amantes ardentes, e nuvens no azul do céu, também morrem quando falam em cemitérios, almas penadas, tragédias e terremotos.
Nunca pensei na morte como uma passagem. Mas o outono é uma passagem e é morte! E é vento frio e madrugadas vazias.
Será que a dor que sinto intensamente em meu peito antigo e frágil é a minha morte? Será que morro nesse dia triste de setembro?
A morte mora em mim e sempre vivo no outono!
Caminho pelas ruas de minha cidade e vejo pequenos animais mortos: passarinhos, formigas, aranhas, lagartos verdes e marrons. Um dia desses, vi um sapo barriga de fogo, inchado e morto!
As plantas também morrem diariamente: as flores murcham e caem de seus caules, as folhas amarelam e caem no solo, e são levadas pelo vento.
Ligo a televisão e vejo os mortos de um atentado no Afeganistão. Nem sei onde fica esse país, mas vejo sangue e morte por todo o chão!
Logo adiante nova notícia, bandidos e policiais em tiroteio no Rio de Janeiro, menino morto com bala perdida...
Até as palavras, que tanto falam de amor e dor, e amantes ardentes, e nuvens no azul do céu, também morrem quando falam em cemitérios, almas penadas, tragédias e terremotos.
Nunca pensei na morte como uma passagem. Mas o outono é uma passagem e é morte! E é vento frio e madrugadas vazias.
Será que a dor que sinto intensamente em meu peito antigo e frágil é a minha morte? Será que morro nesse dia triste de setembro?
A morte mora em mim e sempre vivo no outono!
domingo, 16 de maio de 2010
POESIA
Quando quero expressar o que sinto
Coloco no papel os sentimentos profundos
Penso nas palavras, apago e existo
Azul no branco que traz em si tantos mundos.
Sou poeta
Cheia de mistérios
E escrever me faz completa
Mesmo que caminhe, à noite, pelos cemitérios.
Busco o que perdi
Nas minhas andanças e indagações,
Procuro as emoções que vivi
Nos vastos caminhos de ambições.
A poesia me traz de volta a magia
Quando tento simplesmente ser
Menina, novamente criança, espalhando a alegria
De poder amar e, por fim, transcender!
Coloco no papel os sentimentos profundos
Penso nas palavras, apago e existo
Azul no branco que traz em si tantos mundos.
Sou poeta
Cheia de mistérios
E escrever me faz completa
Mesmo que caminhe, à noite, pelos cemitérios.
Busco o que perdi
Nas minhas andanças e indagações,
Procuro as emoções que vivi
Nos vastos caminhos de ambições.
A poesia me traz de volta a magia
Quando tento simplesmente ser
Menina, novamente criança, espalhando a alegria
De poder amar e, por fim, transcender!
quarta-feira, 28 de abril de 2010
CANTIGA
Canto a dor dos que não conseguem amar
Porque se olham no espelho e não vêem nada.
Canto a tristeza dos que não acreditam
Porque vêem apenas o óbvio.
Eu canto porque é noite
E todas as janelas estão fechadas,
E todos os amores estão sedentos,
E todas as flores exalam seus odores...
No mesmo instante em que espalho meu canto
As mulheres choram
Enterrando seus mortos nos cemitérios
E as crianças perambulam pelas calçadas das grandes cidades...
Canto a luta desta terra seca e sedenta
Enquanto os homens prometem
E nada cumprem...
Canto o sofrimento dos que têm medo
E dormem trêmulos esperando o golpe
Da fome
Da doença
Do sofrimento...
Eu canto sempre
E minha música não tem nome
Apenas reflete a vontade de abraçar
E absorver a tristeza
E libertar!
Porque se olham no espelho e não vêem nada.
Canto a tristeza dos que não acreditam
Porque vêem apenas o óbvio.
Eu canto porque é noite
E todas as janelas estão fechadas,
E todos os amores estão sedentos,
E todas as flores exalam seus odores...
No mesmo instante em que espalho meu canto
As mulheres choram
Enterrando seus mortos nos cemitérios
E as crianças perambulam pelas calçadas das grandes cidades...
Canto a luta desta terra seca e sedenta
Enquanto os homens prometem
E nada cumprem...
Canto o sofrimento dos que têm medo
E dormem trêmulos esperando o golpe
Da fome
Da doença
Do sofrimento...
Eu canto sempre
E minha música não tem nome
Apenas reflete a vontade de abraçar
E absorver a tristeza
E libertar!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
PRIMEIRO DESAMOR
A tristeza tomou conta devagarzinho,
Como quem chega para um baile,
Leve, solta, esvoaçante...
Árvores nuas,
Dias sombrios,
E o outono em meu coração.
Vento forte,
Chuva torrencial
E a lágrima vermelha,
Invadindo sem deixar rastros,
Ocupando todos os espaços,
Ardente,
Chama acesa,
Em meu seio de menina.
Como quem chega para um baile,
Leve, solta, esvoaçante...
Árvores nuas,
Dias sombrios,
E o outono em meu coração.
Vento forte,
Chuva torrencial
E a lágrima vermelha,
Invadindo sem deixar rastros,
Ocupando todos os espaços,
Ardente,
Chama acesa,
Em meu seio de menina.
OUTONO
Manhã.
Acordo cedo, com o cheiro da terra vermelha molhada!
Não acredito, abro a janela... nuvens negras cobrem o céu e, animada, corro para fora.
Nem percebo a camisola fina, os pés descalços, os cabelos brancos despenteados.
Não sinto a fome de dias envergando meu corpo pálido e magro. Não vejo o casebre arrasado pela morte, o chão de barro pisado, a cal descascando pela ação do sol agrestino.
Cheiro ofegante o ar úmido do outono, e viajo nas cores vermelhas e alaranjadas dos arbustos, do capim ressecado pelo eterno verão e respiro a esperança do verde!
Pulo que nem criança, comemorando o novo!
Será verdade?
Vivo sem perceber as estações: sempre verão, pouco inverno a não ser em meu coração.
E o outono chegou?
Espero e não desisto. Não interessa se sonho ou se estou apenas viva. Quero tecer as cores outonais no meu coração, nessa tapeçaria de saberes nordestinos.
Acordo cedo, com o cheiro da terra vermelha molhada!
Não acredito, abro a janela... nuvens negras cobrem o céu e, animada, corro para fora.
Nem percebo a camisola fina, os pés descalços, os cabelos brancos despenteados.
Não sinto a fome de dias envergando meu corpo pálido e magro. Não vejo o casebre arrasado pela morte, o chão de barro pisado, a cal descascando pela ação do sol agrestino.
Cheiro ofegante o ar úmido do outono, e viajo nas cores vermelhas e alaranjadas dos arbustos, do capim ressecado pelo eterno verão e respiro a esperança do verde!
Pulo que nem criança, comemorando o novo!
Será verdade?
Vivo sem perceber as estações: sempre verão, pouco inverno a não ser em meu coração.
E o outono chegou?
Espero e não desisto. Não interessa se sonho ou se estou apenas viva. Quero tecer as cores outonais no meu coração, nessa tapeçaria de saberes nordestinos.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
SEM SENTIDO (AFLIÇÃO)
Nunca fui a fada
Nunca fui a santa
Nem permiti que a bondade
Se instalasse em meus ossos.
Preciso da raiva
Como do ar quente
Que circula em meu corpo.
Preciso querer-me bem:
Nervos, flor e mel,
Dor e paixão.
A poeira do sertão me alimenta
A origem do palavrão
Contenta todos os anseios
Que trago no peito
- abrigo do coração.
Recuo no tempo
Breve vislumbre do que não quis
Ou não vivi.
Paz?
Não nego o sabor desse sentir
Mas minha alma clama pela guerra
De suor, e sangue, e fluidos, e bocas...
Intensamente
Teu olhar me domina
E me debato contra teus abraços
Que querem domínio
Sobre mim!
Sou liberdade,
Mas sou janela fechada,
Prisioneira
Dentro de mim!
Nunca fui a santa
Nem permiti que a bondade
Se instalasse em meus ossos.
Preciso da raiva
Como do ar quente
Que circula em meu corpo.
Preciso querer-me bem:
Nervos, flor e mel,
Dor e paixão.
A poeira do sertão me alimenta
A origem do palavrão
Contenta todos os anseios
Que trago no peito
- abrigo do coração.
Recuo no tempo
Breve vislumbre do que não quis
Ou não vivi.
Paz?
Não nego o sabor desse sentir
Mas minha alma clama pela guerra
De suor, e sangue, e fluidos, e bocas...
Intensamente
Teu olhar me domina
E me debato contra teus abraços
Que querem domínio
Sobre mim!
Sou liberdade,
Mas sou janela fechada,
Prisioneira
Dentro de mim!
domingo, 21 de fevereiro de 2010
INSENSATEZ
Silenciosa e breve
Caminho por entre ondas,
A areia cálida pelos rastros ainda vermelhos
Deste sol ardente.
Loira, linda
Sou devorada por olhos
E tantas noites insanas
Perturbam meus pelos,
Meus nervos...
Derramo meu corpo
E me entrego ao gozo
Porque sei que o amor é breve
É folha ao vento
Que sopra e seca
Minhas roupas, penduradas,
No varal do tempo!
Caminho por entre ondas,
A areia cálida pelos rastros ainda vermelhos
Deste sol ardente.
Loira, linda
Sou devorada por olhos
E tantas noites insanas
Perturbam meus pelos,
Meus nervos...
Derramo meu corpo
E me entrego ao gozo
Porque sei que o amor é breve
É folha ao vento
Que sopra e seca
Minhas roupas, penduradas,
No varal do tempo!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
(EN) CANTO
Todas as manhãs
Acordo encantada
Pelo doce tremular
Das tuas pálpebras
Adormecidas.
E os meus dedos, inconscientemente, teimam em passear
Pelo leve pulsar
Como se quisessem
Acorrentar os pássaros.
Doce ilusão: esses pássaros,
Ah! Esses pequenos pássaros
São livres!
Acordo encantada
Pelo doce tremular
Das tuas pálpebras
Adormecidas.
E os meus dedos, inconscientemente, teimam em passear
Pelo leve pulsar
Como se quisessem
Acorrentar os pássaros.
Doce ilusão: esses pássaros,
Ah! Esses pequenos pássaros
São livres!
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
MEMÓRIA
O meu canto e minha risada
Se misturam
Querendo sair, alucinadamente,
Pela minha garganta
Insana.
A minha alegria é nervosa
Atravessando os portos,
Navegando em mil rios
Da minha cidade
Suja.
Em meu peito pulsa
Um pardal comum
Que não voa
Que só belisca e se banha
Na areia
Fria.
Em qualquer dia
Seja noite escura
Ou manhã vazia
Os mesmos pés
Buscam pelas mesma ruas
O esquecimento
O entorpecimento
Da dor.
Qual a dor – companheirismo
Se faz mais presente?
Qual o sentir mais profundo
Que nos envergonha?
A terra treme
Os homens choram
As mulheres morrem.
E o que você faz?
Se misturam
Querendo sair, alucinadamente,
Pela minha garganta
Insana.
A minha alegria é nervosa
Atravessando os portos,
Navegando em mil rios
Da minha cidade
Suja.
Em meu peito pulsa
Um pardal comum
Que não voa
Que só belisca e se banha
Na areia
Fria.
Em qualquer dia
Seja noite escura
Ou manhã vazia
Os mesmos pés
Buscam pelas mesma ruas
O esquecimento
O entorpecimento
Da dor.
Qual a dor – companheirismo
Se faz mais presente?
Qual o sentir mais profundo
Que nos envergonha?
A terra treme
Os homens choram
As mulheres morrem.
E o que você faz?
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
INCÊNDIO
No dia em que o céu incendiou-se
Corremos todos para a praia
E no calor da areia molhada
as nuances de vermelho e laranja
se misturavam com o cinza azulado do espaço...
Grata visão,
Mar prata
mão dadas
compartilhar.
No dia em que o céu incendiou-se
ouvíamos a música do amor
e os beijos se misturavam com o sal
e as mãos se buscavam freneticamente.
Olhos nos olhos,
olhos no céu,
e os corações entrelaçados
ardendo infinitivamente!
Corremos todos para a praia
E no calor da areia molhada
as nuances de vermelho e laranja
se misturavam com o cinza azulado do espaço...
Grata visão,
Mar prata
mão dadas
compartilhar.
No dia em que o céu incendiou-se
ouvíamos a música do amor
e os beijos se misturavam com o sal
e as mãos se buscavam freneticamente.
Olhos nos olhos,
olhos no céu,
e os corações entrelaçados
ardendo infinitivamente!
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
NEGAÇÃO
Não fazer da dor
Prazer
De não ser
Espaços.
Não buscar do amor
Os meios
De abraçar
Estrelas.
Não estar na fase
De ser apenas
Esquinas
Ou sinais
Fechados.
Não emprestar os prazos
E esquecer os meios
De correr na praia
E alcançar a lua
Nova.
Ser estrada aberta
Uma via expressa
Uma curva certa
Um sol ardente
Na fonte
Da vida!
Prazer
De não ser
Espaços.
Não buscar do amor
Os meios
De abraçar
Estrelas.
Não estar na fase
De ser apenas
Esquinas
Ou sinais
Fechados.
Não emprestar os prazos
E esquecer os meios
De correr na praia
E alcançar a lua
Nova.
Ser estrada aberta
Uma via expressa
Uma curva certa
Um sol ardente
Na fonte
Da vida!
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